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Lord XIV é um artista cabo-verdiano nascido em Cascais, cuja identidade se constrói entre Portugal, França e Inglaterra — uma verdadeira fusão cultural que se reflete tanto na sua música como na sua visão estética. Rapper, fashion icon e poliglota, é uma das mais recentes apostas da Bridgetown, destacando-se como uma das vozes emergentes mais autênticas e versáteis da nova geração lusófona.

O contacto com a música surgiu cedo, influenciado pela avó, figura central na sua vida e na sua formação artística. Foi ela quem lhe transmitiu o amor pelos sons africanos, do Funaná a outros ritmos da lusofonia, moldando a base que hoje o artista mistura com influências urbanas de Londres e Paris. “A minha base é Cabo Verde, mas França e Inglaterra acabaram por me moldar também”, revela.

No estúdio, o processo criativo de Lord é guiado pela intuição e pela emoção. “A música diz-me o que precisa de mim”, afirma, descrevendo uma abordagem orgânica onde o som dita o caminho e inspira não só as letras como também o conceito visual dos seus vídeos. Essa autenticidade e liberdade criativa foram reforçadas pela sua entrada na Bridgetown, que descreve como uma família que o apoia e desafia a crescer sem perder a sua essência.

Mais do que um rapper, Lord XIV é um artista de identidade multifacetada. A moda é, para ele, uma extensão da sua arte e uma forma de expressão pessoal. Conhecido pelos visuais arrojados e pela confiança com que se apresenta, vê a roupa como um meio de inspirar os outros a assumirem quem são. “Adoro roupas, porque a moda é uma arte diferente e um veículo de expressão”, confessa.

Inspirado por ícones como Pharrell Williams, Lord combina música e estilo com uma naturalidade rara, rompendo fronteiras culturais e estéticas. Em pouco tempo, conquistou público e crítica com a sua energia, autenticidade e visão artística, tornando-se uma referência crescente no panorama do rap e da cultura urbana em Portugal.

Hoje, Lord XIV prepara-se para uma nova fase da sua carreira — mais introspectiva, madura e fiel às suas origens. “Estou a desenvolver um novo som que se alinhe apenas comigo”, diz. Uma jornada de autodescoberta que continua a florescer, entre a alma africana que o formou e as experiências que o moldaram na Europa.